Luisa Lins
O Dia Internacional do Livro Infantil é celebrado dia 2 de abril. A data tem o intuito de conscientizar as pessoas a respeito da importância da leitura desde cedo e para marcar a ocasião, a equipe do Jornal Posto Seis conversou com profissionais que atuam com este público alvo a fim de entender alguns dos elementos que fazem parte da literatura infantil, como a imaginação e a criatividade.
“Trabalhei durante anos em escolas tanto com alunos na faixa dos quatro, cinco anos, quando dava aula, quanto como coordenador do colégio, com grupos de quatro a 17 anos. Para mim, é muito importante a leitura na fase infantil porque abre o intelecto da criança. Eu costumava trabalhar com os diversos sentidos da criança e trazer a elas a imaginação, que é essencial nesse primeiro momento. A leitura pode ser feita de diversas maneiras e o uso da tecnologia pode proporcionar um incentivo na imaginação e contribuir para o aprendizado”, explica o ex- -professor Milton Rodrigues.
Outra questão citada por ele é a necessidade do ensino literário nas instituições de ensino, mas ele critica a metodologia adotada por diverso. “Creio que a maneira como este tema é apresentado poderia ser mais abrangente: Em algumas escolas, os pais se envolvem nesse tipo de trabalho com rodas de leitura, cantigas. Para o desenvolvimento e crescimento do filho, isso é essencial, na minha opinião, porque une famílias que muitas vezes não tem tempo de estarem juntas no dia a dia, além de aproximar o lado adulto do pai à inocência da criança. Fora que atividades lúdicas são sempre válidas”, palpita, lembrando que, durante suas aulas, gostava de apresentar aos alunos os clássicos infantis, pois estes exploram temáticas variadas, como o folclore, os animais, a mitologia grega e diversos assuntos em linguagem apropriada para aquele público.
Essa questão também é levantada pela bibliotecária Lúcia Paranhos, que defende a escolha de títulos adequados para cada idade, sem pular fases: “Deve haver uma relação de adequação entre o livro e a criança. Uma temática adulta ou que exija do leitor uma certa maturidade não deve ser apresentado ao público de uma faixa etária mais baixa, a não ser que você tenha em mãos uma obra de qualidade que trate do assunto visando as crianças. Se elas adquirem um material com uma temática não apropriada, o efeito pode ser inverso, o que pode gerar desinteresse ”, explica.
A profissional ainda reforça a necessidade do cuidado com a forma do educador transmitir a importância da leitura à criança. “Esse hábito não pode ser associada a um cumprimento de uma matéria, a uma prova, a uma atividade realizada mecanicamente. A nossa grande conquista seria se conseguíssemos formar apreciadores da grande literatura e leitores assíduos”, finaliza.
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