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44% das brasileiras conhecem alguém que falta a aula por não ter absorvente, diz estudo


A primeira menstruação normalmente acontece por volta dos 12 anos, porém, em alguns casos ela pode acontecer antes ou depois dessa idade. Desde cedo, meninas e mulheres precisam aprender a lidar com ela. Porém, devido a desigualdade de classes presente no país, nem todas têm acesso a itens mínimos de higiene, para passar por este período.

Conforme demonstrou um relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF); 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio, e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.

Também, conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 44% das brasileiras conhecem meninas ou mulheres que deixam de frequentar a aula pela falta de absorventes. Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com metade das participantes. Já entre as mulheres dos 45 aos 49 anos, 47% conhecem meninas ou mulheres com essa dificuldade.

Os dados por estado demonstram que o Amapá é o estado em que mais pessoas conhecem meninas que deixam de frequentar a aula, com 61% das participantes. No Distrito Federal e no Rio de Janeiro, 45% e 43% respectivamente, sabem de meninas que não têm absorventes e por isso faltam à aula. Em São Paulo o percentual cai para 41%, e para 38% em Minas Gerais. Por isso, 86% das brasileiras concordam que os estados deveriam oferecer absorventes gratuitamente, para meninas e mulheres sem condições de comprar. Já entre os estados, o Amapá é o que mais mulheres são a favor da distribuição de absorventes, com 96% das participantes. Em Minas Gerais e em São Paulo, 87% das entrevistadas são a favor. Já no Rio de Janeiro, o percentual é de 86%.


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