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Coluna "Turismo": Canadá (Ilha do Príncipe Eduardo)

(publicada na edição 476)

Detalhe da paisagem local (Foto: Vic Brincat)

A Ilha do Príncipe Eduardo, no Canadá, é um local pouco conhecido pelos brasileiros, mas suas belas paisagens encantaram o mundo inteiro na série “Anne With An E”, exibida pelo Netflix em 2017 e prestes a ter sua segunda temporada transmitida. Apesar de ser a menor província do país, oferece diversos atrativos para os turistas. A falta de conexão com o continente (a primeira ponte foi erguida apenas em 1997) fez com o local fosse ignorado pelas manufaturas e, consequentemente, conservasse os ares de antigamente, o que proporciona uma viagem no tempo a que chega no local, batizado em homenagem ao Príncipe Eduardo Augusto, pai da Rainha Victoria.


A capital da ilha é Charlottetown, local considerado o berço do próprio Canadá. Foi ali que aconteceu, em 1864, a confederação que deu origem ao país, mas, apesar desse fato, o único museu que narrava esse episódio fechou suas portas recentemente. Entretanto, o local do movimento, a Province Hall, ainda está de pé e de portas abertas. Outros espaços antigos também podem ser visitados como a Catedral Saint Dunstan, a Igreja Anglicana Saint-Paul, a Catedral Anglicana Saint Peter e a Igreja Presbiteriana Saint James, todas com mais de 120 anos.

Charlottetown (Foto: Aconcagua)

Apesar de tantos templos religiosos imperdíveis, o turismo em Charlottetown não é restrito a isso. Uma caminhada pela Great George Street mostra um pouco mais do passado que virou presente. Alguns dos prédios ali estão de pé há mais de 200 anos, permitindo reviver aqueles anos. Explicando o local, há diversas placas informando fatos e curiosidades, além de outros elementos que remetem aos tempos antigos. Há 10 minutos dali, fica a "Beaconsfield Historic House”, uma residência vitoriana de 1877 que remete ao modo de viver daquele tempo. Além disso, há uma hora da cidade, está o Além disso, o “Acadian Museu”, dedicado aos acadianos, primeiros franceses que habitaram a região e cujos descendentes continuam na ilha após mais de três séculos.

Beaconsfield Historical House (Foto: Charles Hoffman)

É também de Charlottetown que partem muitos passeios para Green Gables, o sítio fictício da história que virou sucesso no Netflix e que, no começo do século XX, serviu de pano de fundo para “Anne de Green Gables”, que vendeu 50 milhões de cópias em todo o mundo. A autora, Lucy Maud Montgomery, visitou o local em sua juventude e se inspirou nele para sua obra, o que faz muita gente acreditar que Anne realmente existiu e viveu ali. Na verdade, o local foi nomeado o sítio oficial da saga apenas em 1985, quase 70 anos após a publicação, e para conservar a magia, traz em seu interior cômodos decorados como se os personagens vivessem ali até os dias atuais, o que atrai cerca de 125 mil visitantes anuais.

Green Gables (Foto: JAKclapclap47)

Green Gables é parte do Parque Nacional da Ilha do Príncipe Eduardo, que possui paisagens de tirar o fôlego. Algumas podem ser conferidas na série, como as belas falésias, a Lagoa Campbell (que inspirou o “Lago das Águas Brilhantes” de Anne) e Balsam Hollow (a floresta tão amada pela personagem sob o nome de “Floresta Assombrada”), mas a natureza reservou outras surpresas para lá como praias bastante diferentes das encontradas no litoral brasileiro e enormes dunas de areia. Muitas pessoas optam por acampar no parque, o que é permitido e encorajado através de instalações, como banheiros, que ajudam que deseja passar algumas noites ali.

Parque Nacional da Ilha do Príncipe Eduardo (Foto: Ryan Tir)
Lagoa Campbell (Foto: Tony Webster)

Atualmente, a melhor forma de conhecer a Ilha do Príncipe Eduardo é pedalando: o antigo trem foi aposentado e, no local de seus trilhos, uma grande e plana ciclovia foi aberta para que todos podem circular por ali em segurança. Muitas empresas alugam-nas, o que evita ter que levar uma ou mesmo alugar um carro.


Além disso, os visitantes ainda podem conferir o “Acadium Museu”, dedicado aos acadianos, primeiros franceses que habitaram a região e cujos descendentes continuam na ilha após mais de três séculos.

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