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Projeto social no Leme desenvolve comunicação comunitária


(Foto: Divulgação)

O projeto social Além do Morro, que há um ano e quatro meses atende mais de 70 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco social do Chapéu Mangueira e Babilônia, está inaugurando rádio e TV comunitárias nos espaços atendidos. A ideia é envolver o público-alvo das atividades nessas novidades, que precisam de doações para ser ampliadas.


O grupo já deu início às atividades da rádio, transmitida em redes sociais e, em breve, em um blog. Toda a programação, que leva ao público poesias, músicas, informações entrevistas com moradores e pessoas de outras localidades, turismo, esporte, lazer e até promoções de comércios locais, é reproduzida nas redes sociais do projeto, onde o conteúdo costuma ficar salvo. A ideia, entretanto, é ampliar o alcance. Para isso, o grupo precisa de doações de microfones (do convencional e também para celular), filmadora e placa de transmissão para montar um estúdio na Biblioteca Comunitária Casa da Árvore, sede do programa. O imóvel foi destinado exclusivamente à ação, com viés social, após ficar abandonado por nove anos. Outra ajuda necessária é a de alto falantes: a ideia é conseguir 15 que serão espalhados pelas comunidades, permitindo que todos os moradores conheçam o trabalho. Dentre os diretores das gravações, estão jornalistas, músicos e trabalhadores que atuam em outras rádios comunitários, que sonham com parceria com alguma rádio profissional que se interesse em transmitir a programação.


O Além do Morro surgiu em julho de 2020, então como um projeto de biblioteca comunitária. Aos poucos, a ideia cresceu e atualmente, trata-se de um projeto social que oferece alfabetização infantil e para adultos e aulas variadas como desenho, skate, artes, reforço escolar para o 1º e o 2º ano do Ensino Fundamental, teatro, cinema e roteiro, além de oficinas de rádio e TV. Há ainda um curso pré-vestibular, arteterapia, psicopedagogia, mediação em leitura e contação de histórias. Todas as atividades são oferecidas por 59 voluntários.


Atualmente, todas as despesas do projeto, que funciona sem patrocinadores, são pagas com a verba levantada no bazar, que também funciona na Biblioteca Casa da Árvore. Por isso, o Além do Morro aceita também doações de roupas, sapatos e bijuterias que possam ser comercializados ali. Até roupas com defeito podem ser entregues, uma vez que há costureiras à disposição para fazer os consertos. O grupo pede também materiais para serem usados nas aulas, como de artesanato e papelaria, e alimentos para serem servidos aos participantes, muitos dos quais fazem suas refeições no espaço.


Mais informações podem ser obtidas por meio do e-mail alemdomorro.projeto@gmail.com, do telefone 99661-4280 (que pertence à diretora executiva, Mila Santos) ou do Instagram @projeto_alem_do_morro.

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